quinta-feira, 15 de maio de 2014

Você não existe mais.

A vida me assusta. Perdão! A vida não, a ausência da vida. Sabe, aquilo de você estar com uma pessoa agora e de não estar com ela amanhã porque ela morreu? Pois é.

O mundo não parou de girar, o tempo não mudou. Nada mudou, além da pessoa que se foi. Ninguém parou. Lojas não fecharam, nada parou de funcionar, apenas o que se foi. Isso é triste e assustador. Você estar com alguém e depois de um curto tempo saber que nunca mais irá ver essa pessoa aqui na Terra. O pior é que não podemos saber quando e como isso irá acontecer. Na verdade, agora mudo de opinião, o que causa medo mesmo não é a morte em si, é a própria efemeridade da vida e a brutalidade com a qual nos arrancam alguém. Machuca, dói. Arranca um pedaço do coração que nunca mais volta ao normal, bater bate, mas não bate com o 100% da alegria que você tinha antes. É que nem um coração de um infartado mesmo, não tem mais miocárdio ali, só tecido fibroso. Não é mais a mesma coisa. Falta algo, sempre e sempre vai faltar. Isso é o que dói.