sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Não antecipe seus cabelos brancos, amiga


Acho que todos nós temos uma mania besta virginiana de tentar programar toda a nossa vida (como se a gente tivesse algum poder sobre ela). Quanta tolice, né...

Vou te contar uma verdade bem verdadeira real e oficial: nós não temos controle sobre nada (nem sobre nós mesmos). Não adianta querer que tudo aconteça como você planejou, porque o mundo não gira do jeito que você quer (aliás, ele continua a girar você estando aqui ou não). 

Ao contrário do que as pessoas pensam, porém, isso não é necessariamente ruim. As peças que a vida prega na gente faz a gente desenvolver nossa capacidade de lidar com as dificuldades. A gente passa a se adaptar a uma nova situação e a desenvolver a habilidade de replanejar tudo o que havíamos programado anteriormente. Em uma das minhas aulas de psicopatologia a professora falou para uma paciente para ela direcionar a "preocupação" (não lembro ao certo se a palavra era essa) dela apenas para as coisas sobre as quais ela tinha controle/podia mudar, não adiantava gastar energia, se estressar por algo que você não pode modificar ou solucionar.

Qual a necessidade de programar absolutamente tudo? E qual a graça de acontecer tudo como você programou?

É claro que você tem realmente que fazer um planejamento geral da sua vida, o que eu digo é essa necessidade das coisas acontecerem tudo nos mínimos detalhes como você programou. Algumas coisas devem acontecer naturalmente, sem forçar. Isso é ruim, porque quando as coisas não acontecem de acordo com o filme da sua cabeça, você se frustra.

A vida que levamos é uma vida corrida, estressante. Temos que cumprir tantas funções ao mesmo tempo que não conseguimos aproveitar as coisas simples (que, muitas vezes, são as coisas que importam). Tipo sentar na areia da praia e ficar escutando o barulho das ondas. Tem coisa melhor?!

A vida é só uma, não adianta ficar se estressando por qualquer coisinha. A gente tem é que aproveitar aos mínimos detalhes, isso sim.

terça-feira, 31 de outubro de 2017

O nariz de palhaço

Se doar às pessoas é um problema. É uma péssima ideia.

Só o que vejo no Facebook é gente se queixando de que as pessoas não se importam mais umas com as outras, de que as pessoas praticam a "regra do desinteresse" pra não ficar por baixo (exemplo: não te responder logo em alguma rede social simplesmente pra não demonstrar interesse. Estranho, não? Ou então a pessoa tá interessada em você, mas, ao mesmo tempo, finge que tem vários crushs só pra não assumir que, na realidade, tá interessada só em uma).

Eu já fiz um texto sobre essa necessidade atual de demonstrar interesse por meio do desinteresse (ô babaquice). Hoje, porém, eu quero falar do contrário: quero falar de quem se importa e demonstra interesse. E isso vale pra tudo: amor, família, amigos, trabalho e o que mais aparecer na sua cabeça. Ser uma pessoa que simplesmente se interessa e não tem medo de fazer isso é algo mais difícil de se ver hoje em dia, mas existe e traz um bem interior (você se sente bem consigo porque você simplesmente está fazendo aquilo que acha que deve fazer). Agora, sinceramente?! Quando outra pessoa (qualquer outra pessoa) está envolvida, as coisas mudam. O melhor e o pior do ser humano é o próprio ser humano.

A impressão que eu tenho, a cada dia que passa, é que bonzinho só se lasca. As pessoas não dão a mínima, ou melhor, parece as pessoas não gostam quando você se interessa verdadeiramente em ajudar, em colaborar de alguma forma, em manter contato, em estar ali. Simplesmente te acham ou te fazem de bobinho, besta, trouxa.

Acho que, no final das contas, as pessoas insensíveis vivem melhor, porque não se decepcionam tanto.

São tantas redes sociais com tantos "amigos", todo mundo online no seu perfil, mas ninguém presente na sua vida.

Não seja mais do mesmo.

sábado, 16 de setembro de 2017

A hora certa

A gente se cobra demais. Quando crescemos, somos ensinados a como planejar a vida, como se tudo realmente fosse acontecer como a gente quer (sendo que isso não existe). Nos ensinam que, quando terminamos o Ensino Médio, devemos passar no vestibular e que, depois que passarmos no vestibular, devemos terminar a faculdade no "tempo certo" e que depois disso devemos começar a trabalhar. Ah, e também que depois da faculdade é que a gente deve procurar um marido/esposa, casar e ter filhos, pq deixar pra depois fica muito tarde, não?

A vida tem que ter um sentido e os sonhos são a energia que nos move. Aquela viagem de volta (ou quase volta) ao mundo que você planeja deve ser feita depois que você se formar e conseguir um emprego e juntar dinheiro e ter estabilidade e ter isso e ter aquilo... Acaba que a hora de viajar é adiada e será mesmo que um dia ela vai acontecer?

Ter filhos também é algo que as pessoas adoram opinar: se você tem filho nova demais isso é muito feio, pois você deveria ter usado camisinha, você tinha toda uma vida pela frente e agora vai ter que parar tudo pra cuidar da criança (tem gente que pensa assim, pensa que criança só atrapalha a vida de alguém). Se você tem filho "velha" demais, você tá sendo louca, o bebê pode nascer cheio de problemas e quando você ficar velha seu filho ainda vai ser muito jovem.

É difícil não se importar com a influência do pensamento da sociedade na sua vida, mesmo ele, na maioria das vezes, fazer mais mal do que bem. E não é nem só a sociedade, as religiões também costumam causar, muitas vezes (mas não todas, claro), muito sofrimento nas pessoas... muitas pessoas não vivem para Deus e sim com medo de Deus, com medo de pecar e por isso se privam de coisas bem legais por medo das "coisas do mundo."

Tem gente que espera tanto a hora certa pra qualquer coisa que a coisa passa e você perdeu a oportunidade. Não digo pra você "se jogar" em tudo que aparecer, mas, na realidade, não existe um tempo certo pra hora certa... acho que, no final das contas, a hora certa é a hora certa quando você sente que ela simplesmente... é.

Como você vai se encontrar se as pessoas te julgam e fazem você se perder dentro da hora certa delas?

sábado, 2 de setembro de 2017

Tententender

Pego emprestado o nome de uma das músicas do Pouca Vogal (Gessinger + Leindecker) pra desabafar sobre algo que eu presenciei.

Imagina só: você está grávida (ou sua companheira está grávida) de gêmeos, mas, no momento, com apenas 26 semanas de idade gestacional. Acontecem algumas intercorrências e você acaba tendo que ficar internada na Maternidade e... você entra em trabalho de parto. Nasce um dos bebês. O outro bebê não nasce: os médicos conseguiram fazer com que ele ficasse lá dentro do melhor ambiente de todos enquanto o parto não acontece: o útero. Mas, enfim, o bebê que nasceu veio ao mundo muito prematuro e foi levado direto pra sala da Neonatologia e de lá direto para a UTI neonatal. A mãe estava arrasada, o pai, chorando muito no corredor.

Pois é, pesado, triste, difícil. Acho que até hoje foi a cena mais difícil que eu presenciei na sala de parto. Antes desse parto, em quase todos os outros que assisti/fiz o bebê nasceu bem e chorando muito, apenas em um o bebê não chorou, mas logo ele ficou bem.

Ver aquela mãe e aquele pai naquela angústia, sem saber se a filha iria sobreviver ou não, partiu meu coração. Logo na Maternidade, onde tudo é pra ser motivo de festa (afinal, quem não gosta de bebês?) isso acaba com o coração de qualquer um.

Às vezes não entendo certas coisas da vida.

Uma mãe e um pai ansiosos pelos seus bebês. 

quarta-feira, 26 de julho de 2017

Frio na barriga

Infelizmente (não gosto de começar meus textos com palavras negativas, mas vai ser o jeito) a tendência do mundo em que vivemos é a de que as pessoas devem ser tratadas como se fossem máquinas. Não tem coisa mais horrível do que essa, porque os sentimentos, as emoções fazem parte de nós e a vida não seria vida sem o amor, sem a dor, etc.

Esse texto é pra falar do frio na barriga, mas não daquele frio na barriga ruim que a gente sente na véspera de uma prova difícil ou quando vai ter que dizer algo ruim pra alguém... eu quero falar do frio na barriga que te faz sentir feliz em estar vivo, daquele frio na barriga bom.

Tem o frio na barriga de quando você vai reencontrar uma pessoa que não vê há  muito tempo, tem aquele também de quando você se apaixona e olha pra pessoa... só sei que é bom. E quantas vezes não nos privamos de momentos assim? E, muitas vezes, não é nem porque queremos nos privar de momentos assim não, nos privamos indiretamente, o dia a dia vai tentando nos tornar robôs e a gente esquece que fomos feitos pra sentir.

Acho que  principal ferramenta que você pode usar pra deixar o seu dia e o de outra pessoa melhor são as palavras. Não existe ferramenta mais poderosa do que um elogio, uma palavra de conforto, uma palavra de reconhecimento... somos que nem uma planta: precisamos ser regados, cuidados... 

Quantas vezes a gente não se permite se abrir a outras oportunidades que nos fariam bem melhor por simplesmente ter medo do desconhecido? Permanecemos acomodados a muitas coisas que nos fazem mal quando, na realidade, há algo bem melhor adiante. Só saberemos se resolvermos arriscar algo. O "mais do mesmo" é o problema de muita gente ser infeliz. A vida é feita de escolhas e quando resolvemos nos acomodar acaba que nem escolha a gente faz, infelizmente.

Dizem que os jovens são sonhadores. Eu gosto de sonhar, de sentir... e o meu desejo é que isso nunca passe. Quero envelhecer bem, mas quero ter o espírito jovem sempre. No fundo, eu sei que existe um jovem dentro de cada pessoa. Às vezes o jovem interior pode estar dormindo, mas aí é só acordar ele que ele volta.

Uma vida sem frio na barriga é uma vida triste. 

Primeiro texto que eu digito pelo celular diretamente de um banco de shopping. Ideias não podem esperar.

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Sobre a tristeza de se ver a vida pela tela do celular

Eu odeio (odeio mesmo) esse mundo cheio de tecnologias. Eu sou viciada nas tecnologias, admito, mas gostar eu não gosto (estranho né) e não acho legal . A gente se depara com tanta informação que você pensa em algo já esquece o que estava pensando porque já tem outra coisa acontecendo. Eu que já sou esquecida então... Também acho que a tecnologia limita o que a gente tem de melhor. Lembro que quando teve a super lua aqui em Fortaleza teve gente que disse que não ia pra Beira Mar porque dava pra ver a lua pelas fotos/vídeos/notícias que as pessoas estavam postando. Eu discordo totalmente. Poxa, ver a lua com os próprios olhos, na praia, perto do mar... ver com os próprios olhos... As pessoas estão cada vez mais reféns das tecnologias e isso me assusta.

Imagina você passar uma semana longe do mundo virtual e sem poder fazer ligações ou mandar mensagens... Parece quase impossível né? É difícil mesmo. Quando eu ia pra casa da minha avó era assim, lá não tinha sinal de nada. Nos primeiros dias sempre era mais difícil, mas depois ia melhorando e isso faz um bem danado. Às vezes eu paro pra pensar no tanto de tempo que a gente perde no celular... Ou nas coisas que a gente escolhe fazer pelo celular quando não precisava ser assim...

Eu confesso que eu não gosto de envelhecer, mas gosto do meu aniversário. Gosto de comemorar meu aniversário, mas não gosto de receber parabéns por mensagem de texto ou por Whatsapp. O que eu gosto mesmo é que a pessoa fale pessoalmente comigo e me dê um abraço verdadeiro ou pelo menos me ligue. Lembro que em 2014, mesmo longe, em outro país, um dos meus melhores amigos me ligou pra me dar parabéns e me mandou um cartão postal (que só chegou dois meses depois, mas chegou rs). Eu gosto disso e até demonstra que a pessoa realmente se importa com você (que triste né? Porque na realidade isso não devia ser minoria e sim maioria). Acho que a gente deve sempre optar pelo menos "digital" possível. As tecnologias ajudam, mas elas não são tudo. Se você tem a oportunidade de abraçar a pessoa e olhar nos olhos dela, não tem celular ou textão no facebook que substitua isso (mas claro, se você não tiver como fazer isso, a tecnologia passa a ser uma boa opção).

Quando você sai de casa (vai pra uma festa ou qualquer outra coisa), a impressão que dá é que o principal motivo pelo qual as pessoas estão ali é tirar foto. Nunca vou esquecer de uma vez em que eu fui a praia e tinha um casal na minha frente: os dois chegaram, falaram com o rapaz da barraca que queriam algo, depois tiraram uma foto sorrindo (a foto ficou até legal, eu acredito) e depois da foto cada um ficou mexendo no seu celular. É triste, triste mesmo. Não é errado tirar foto, claro que não, eu até gosto de tirar foto, mas, mais importante do que tirar foto é viver o momento. Nós não vamos ficar na Terra pra sempre, por isso que a gente tem que aproveitar, sentir, viver...

Do jeito que a coisa anda, só falta inventarem um aplicativo que substitua o abraço, o beijo... ou pior do que isso, já pensou se colocam na nossa cabeça que isso não é necessário? (que nem no livro 1984) Às vezes dá um medo... Acho que eu sou sentimental demais, rs.

Existe uma coisa muito bizarra/estranha no Facebook que é aquele "sentindo-se" alguma coisa. Eu já usei e uso de vez em quando, mas parei pra pensar no quanto isso é realmente estranho. A gente coloca que tá se sentindo de algum jeito, mas é estranho (já repeti essa palavra mil vezes só nesse parágrafo) porque simplesmente dizer que tá se sentindo de tal forma não consegue transmitir pra pessoa que está lendo o que você sente e o mais bizarro de tudo é que as pessoas "Curtem" o que você tá sentindo rsrsrs... Além disso, quantas pessoas dizem sentir algo, mas na realidade não sentem aquilo? Cada pessoa é uma galáxia de sentimentos...

Na minha opinião o aplicativo que mais mostra o que você sente é o Spotify... A música que você escuta diz muito sobre você e sobre o que você tá passando naquele momento ou pelo menos dá uma idéia... Claro que em alguns momentos você escuta uma música pra dançar ou pra cozinhar ou pra tomar banho (sei lá), mas aquela música que você escuta sozinho, só pra você é a música que diz o que tá acontecendo dentro de você. A gente não escuta música só por escutar.

Encerrando a viagem de hoje, no final das contas, celular ajuda? Ajuda. Mas olho no olho é a melhor conversa que existe, pode confiar.

segunda-feira, 3 de julho de 2017

Alma jovem e alguns dramas cotidianos nos quais eu fico pensando


Uma das melhores coisas que existe é conversar com você mesmo. Refletir sobre a sua vida. Acho que eu nunca me conheci tão bem como nos últimos meses (mas ainda continuo não me conhecendo... me surpreendo comigo).

Ser jovem é uma coisa boa... envolve muita energia, emoções, sentimentos, medo/angústia/insegurança do futuro que está por vir... envolve muitas mudanças! Ser jovem é ser eternamente uma metamorfose ambulante sem precisar ter aquela velha opinião formada sobre tudo. 

Uma das coisas que eu pretendo sempre ter dentro de mim é uma alma jovem. Alma jovem?

Não sei vocês mas dentro de mim habita uma vontade muito louca de mudar o mundo. Vou conseguir mudar o mundo? Você pode até pensar que não, mas a minha resposta é sim (posso mudar e tento mudar o mundo todos os dias). Nem tudo o que a gente faz precisa ser extravagante pra ter efeito. Eu posso mudar o mundo simplesmente deixando de ignorar as pessoas ao meu redor ao dar "bom dia." Confesso que, em algumas das vezes em que eu fiz isso eu fui ignorada (#chateada) mas pelo menos minha parte eu fiz né. Também posso mudar o mundo quando tô dirigindo na Avenida 13 de Maio e alguém me pede passagem e eu dou passagem. Ou quando você dá uma palavra de conforto pra alguém que está passando por um momento difícil, mesmo que você saiba que você não pode mudar o que aconteceu. 

Ou quando a pessoa vem vender a arte dela na praia e você (ajudando financeiramente ou não) simplesmente elogia a arte dela e incentiva a aprimorar essa arte cada vez mais. Digo isso porque fui à praia com meus amigos e chegou um rapaz tocando flauta pra gente... eu dei alguma quantia em dinheiro - quase nada porque qual é o estudante universitário que tem dinheiro nesse país né amigos? - mas principalmente elogiei o trabalho dele. Ele deu uma lista de 25 músicas, eu escolhi uma delas e ele tocou. Ele disse que essa que eu escolhi ele tinha aprendido no dia anterior. Ele tocou, errou alguns acordes, mas nada que apagasse a beleza do seu talento... E eu falei pra ele que ele toca muito bem e que desejo que ele possa aprimorar o talento a cada dia. Parabéns!

Voltando a tentar conceituar a "alma jovem", eu acredito que precisamos ser verdadeiros. Verdadeiros como? Simplesmente verdadeiros. Falar o que sentimosentir o momento, refletir, não deixar as coisas negativas fazer seu dia morrer (isso é bem difícil, às vezes). A gente vive num mundo em que se finge o que não é pra se parecer mais forte. No fundo, quando fazemos isso, somos mais fracos do que pensamos. Poxa, falar o que se sente... por que isso é tão difícil? Por que é tão difícil chegar pra alguém e dizer palavras positivas? Palavras de reconhecimento? O problema é que a impressão que dá é que quem é verdadeiro, quem é "bonzinho", segundo às pessoas, só se fode. Eu sei, eu sei, às vezes a gente só se lasca sendo verdadeiro. Eu mesma já magoei alguém que foi verdadeiro comigo. Lembro que no colégio, um menino que tava a fim de mim me deu um colar de guitarra (a pessoa bancava a rockeira, rsrsrs) e um bombom de chocolate tipo serenata de amor. Na época eu comi o chocolate (não lembro o que aconteceu com o colar, se eu devolvi ou se fiquei) e não quis nada com ele. Ok, eu fui verdadeira com ele, não queria nada com ele e ele foi verdadeiro comigo porque expressou os sentimentos dele por mim. Lembro disso e acho fofo, mas com certeza eu ter sido verdadeira naquele momento não foi tão legal assim pra ele...Ser verdadeiro, então, pode machucar... mas é melhor ser verdadeiro e machucar do que mentir pra agradar.

Não sei vocês, mas uma das coisas que mais me incomodam hoje em dia é que as pessoas só registram, mas não sentem o momento, diminuem o sentir. Quantas pessoas assistem show ao vivo, estão lá, mas assistem pela tela do celular? Eu mesma já fiz isso, mas hoje em dia me policio. No show do Humberto Gessinger eu gosto de tirar fotos dele e fazer alguns vídeos, mas, hoje em dia, eu faço isso poucas vezes e tento na maior parte apreciar o show com os meus próprios olhos e, nas minhas músicas preferidas, eu fecho os olhos, escuto e curto o momento... Acho que só quem vai pro show da sua banda/artista preferido sabe como é isso...

É igual a escutar música. Você escuta música mesmo quando tá só. Quando tá de noite dirigindo sozinho ou quando tá com a cabeça no travesseiro, pensando na vida. 

Não tem celular, não tem vídeo, não tem foto, não tem nada que substitua pisar na areia da praia, sentir a brisa do mar, sentir a água molhando a planta do seus pés... Não tem nada que substitua o frio na barriga, as borboletas no estômago  de uma paixão... e também não tem nada nesse mundo tecnológico que consiga captar a intensidade e imensidão de uma decepção. Não tem celular, rede social, tablet, computador ou qualquer coisa dessas tecnologias que substitua um beijo na boca, um abraço ou que substitua o sexo. A gente deixa esse mundo de metal/coisas impessoais diminuir a intensidade de emoções, de sensações que a vida pode proporcionar.

Cada pessoa é uma galáxia. Cada cabeça tem mil histórias pra contar e mil histórias ainda pra fazer. Eu sinto falta de pessoas que sintam. Sinto falta de pessoas intensas. Eu gosto é de gente que me manda áudio com mais de 1 minuto, de gente que chora mesmo e não tá nem vendo, de gente que beija, que abraça, que te elogia sem motivo, que te faz criticas pra te fazer melhorar... gosto de gente que chega na tua vida e mostra que ela é tão intensa e louca quanto você. Que quer mudar o mundo também.

Eu quero ser é  jovem.

domingo, 11 de junho de 2017

A certeza da incerteza

Sobre textos esquecidos nos rascunhos...

"Durante esses meus 20 e poucos anos de experiência de vida posso dizer que aprendi algumas coisas: tudo é incerto e, por mais clichê que pareça, a única certeza da vida é a morte.

Eu me considero uma pessoa "de boa", mas, esses meus últimos anos foram anos de mudanças bem importantes. Não estou aqui para falar quais foram exatamente essas mudanças, mas houve muitas.

Diante de tudo isso a gente percebe que devemos sim ter planos para o futuro, pensar no futuro e ter como meta a vida que imaginamos ser a melhor para todos nós, mas, uma coisa que não nos avisam é que precisamos estar preparados (ou pelo menos tentar) para as peças que a vida prega na gente. A única alternativa que sobra é nos adaptarmos, por mais difícil que a situação pareça. Planejar o futuro meticulosamente a longo prazo é bobagem, porque as coisas nunca acontecem exatamente como a gente espera. Até a gente com o tempo muda o que planejou. E que graça teria a vida se tudo acontecesse do jeito que a gente quer? Se fosse assim a gente não daria valor à vida.

Não estava nos meus planos de vida perder a minha avó. Isso já aconteceu há alguns anos e até hoje isso mexe comigo. Não estava nos meus planos, sabia que ia acontecer algum dia, mas não naquele ano. Mas eu estou aqui, sigo minha vida, sigo feliz (embora se ela estivesse aqui estaria ainda mais feliz). A vida é assim mesmo: uma caixinha de surpresas (boas e ruins).

Eu, que detestava Açaí, hoje sou uma viciada nesse negócio bom. Exemplo besta, eu sei, mas é o que acontece muitas vezes. A gente paga pela própria língua, por isso resolvi não mais incluir "nunca" e "sempre" nas minhas falas (exceto Engenheiros do Hawaii que eu sempre vou amar).

Outra coisa que eu aprendi é que você nunca (nunca!) deve por a mão no fogo por ninguém. Pessoas podem ser cruéis, podem te machucar. E isso (ser machucado ou machucada) também te muda. A gente, com o decorrer da vida, vai formando cicatrizes na alma, coisas que te machucam, com o tempo passa, o sofrimento acaba (ufa), mas que sempre vão deixar aquela marca e quando você olha pra essa cicatriz, lembra do que aconteceu.

O bom das coisas que acontecem com a gente é que elas nos mudam, a gente amadurece e consegue olhar aquilo de outra forma. A gente se importa com tanta coisa besta e se deixa levar por essa vida corrida e esquece que é necessário tempo pra se refletir sobre a própria vida. Um dia só seu, um dia com você mesmo é tão importante e faz tanta diferença.

A gente se depara com encruzilhadas da vida e o pior de tudo não é nem a encruzilhada em si, mas qual caminho seguir. Nessa decisão não adianta pedir ajuda pra sua mãe ou pro seu pai, o caminho é seu e você que tem que escolher e seguir, você que tem que assumir o controle da sua própria opção e assumir, também, as consequências do que você escolheu. No final das contas, não acho que exista um certo ou errado. No final das contas, na minha opinião, a escolha deve ser o que for melhor pra você, ou pelo menos, o menos pior. No final, o que importa é seguir um dos caminhos, o que importa é não ficar. O fato é que não existe certo ou errado escrito nos "caminhos da vida" e não tem como a gente avançar anos na frente pra ver no que deu e se não tiver dado certo voltar atrás pra mudar de escolha. A vida é feita de escolhas. Existe uma música do Engenheiros do Hawaii que diz "quem constrói a ponte não conhece o lado de lá"... É claro que quem constrói a ponte conhece o lado de lá porque caso contrário não faria a ponte (sou muito besta kkk)... Agora falando sério, mudanças fazem parte da vida, não adianta você não se arriscar por medo do desconhecido. Eu mesma não me conheço direito às vezes.

Encerro esse texto aleatório dizendo que: faça suas próprias escolhas, mas faça com cautela, reflita. Pense em você, pense no que você sente, pense em quem você é. Mas, mesmo pensando em você, não magoe, não deixe uma cicatriz na alma de alguém. Deixe amor."

sábado, 1 de abril de 2017

Saúde mental: não é brincadeira!


Muitas vezes nos deixamos ser comandados pela faculdade ou trabalho. O que é algo muito errado.

Logo no começo da faculdade, eu era muito estressada, não sabia organizar meu tempo e vivia ansiosa, etc. Hoje, já na segunda metade do curso, vejo que evoluí muito. Hoje consigo conciliar melhor as diversas áreas da minha vida. E não, a faculdade continua lotando nós, alunos, de coisas pra fazer (muito mais do que no início), mas não deixo isso me abalar.

É - positivamente - impressionante como controlar e manter bem a sua saúde mental muda a sua vida pra melhor! Mas pra isso é preciso saber uma coisa que não é muito fácil e exige tempo pra reconhecer: seus próprios limites. Saber seus próprios limites é aceitar novas coisas quando você sabe que vai conseguir fazer aquilo e também é recusar outras coisas porque você sabe que não vai dar conta.

Cuidar da saúde mental é estudar direitinho na faculdade, mas também é fazer uma atividade física, dormir (e dormir bem!), ter amizades que te façam bem, aproveitar sua família, se alimentar de forma saudável (mas também comer besteira de vez em quando porque ninguém é de ferro né meu povo)... A gente se sente bem mais leve, bem melhor.

O preço que se paga por levar uma vida corrida é alto, até mesmo a morte: é só ver que essas pessoas que vivem estressadas, cheias de coisa pra fazer geralmente tem hipertensão arterial... ou até mesmo acabam tendo infarto, AVC, etc. Não é brincadeira. Não estou dizendo pra você desistir de tudo e não fazer mais nada na vida, mas pelo menos tentar organizar melhor as coisas, faz um bem danado viu.

quarta-feira, 1 de março de 2017

Corpo x Mulheres Reais x Feminismo


Eu sou feminista.
Acho triste que muitas pessoas, homens e mulheres, interpretem as ideias feministas de forma errônea, tentando desvalorizar tudo o que tentamos conseguir e tudo o que conseguimos. O feminismo não prega que a mulher deve não se depilar, não se casar, etc etc etc. O feminismo prega que a mulher deve ser feliz do jeito que ela quiser: se ela quiser ser feliz sendo dona de casa, ótimo, e se ela quiser ser feliz sendo presidente da república, ótimo também!

Mas se tem uma coisa que eu e muitas outras mulheres ainda temos muita dificuldade de lidar é... o nosso próprio corpo. Sim, nosso corpo. É difícil aceitar nosso corpo quando a sociedade todo dia através de todos os meios nos passa a ideia de um padrão de beleza que deve ser seguido. Isso já é tão incorporado em muitas de nós que quando aumentamos um pouco de peso já queremos perder.

Mas isso é uma coisa que vem de muito tempo: lembra da sua Barbie? Super magra, cabelos lisos e peitos grandes. A manipulação sempre foi tão grande que sempre que eu ganhava uma Susi eu não gostava. A Susi tinha o olho grande, a boca grande, seios pequenos, cintura muito  - negativamente pensava eu - diferente da Barbie. Mal sabia eu que a Susi é muito mais próxima de nós (mas não igual), mulheres reais, do que a Barbie era. Além disso, havia uma necessidade enorme de se ter um namorado pra Barbie, lembram disso? E também a representatividade negra - ambas, Susi e Barbie - sempre foi muito pouca (hoje que a situação está mudando). Mas, por mais que a Susi fosse mais próxima das "mulheres reais", ela ainda conservava o corpo sem os famosos pneuzinhos, sem as estrias, etc. No final das contas, a representatividade não era tão representativa assim.
Ontem eu vi uma manchete de uma página de Facebook - não sei se realmente era verdade - elogiando que a Fernanda Vasconcelos passou do manequim 38 para o 34. Sério: elogiando! Gente,  eu vestia quando eu era criança/pré-adolescente. A mulher tá magérrima, mas é uma magreza patológica, não é saudável. Até que ponto nós mulheres vamos continuar sob os mandamentos criminosos dessa ditadura da beleza? E mesmo que você diga "Ah, mas segue quem quer" essa ditadura é semelhante a um relacionamento abusivo: você sabe que está em um, mas pra sair é difícil demais.

Também vi pessoas comentando sobre uma propaganda da marca Calvin Klein em que aparecia uma mulher super magra (mas patologicamente, como sempre) vestindo um jeans. A maioria das pessoas estavam criticando aquilo, isso pelo menos já mostra uma certa resistência a esse padrão de beleza. Isso é bom. Mas quando será que vamos ver o mundo da moda realmente valorizando as mulheres reais. Mulheres que comem arroz, feijão, macarrão, carne, frango... Mulheres que bebem... Mulheres que vão ao McDonalds de vez em quando... Mulheres que gostam de sorvete... Enfim, quando realmente vamos ser representadas?

E a ditadura dos cabelos? Durante muito tempo os cabelos cacheados e crespos foram silenciados e marginalizados. Quantas pessoas fizeram escova progressiva/alisamento em seus cabelos pra se sentirem mais bonitas? Eu, por exemplo, fui uma. A mídia nos obrigou a desfazer nossos cachos, a negar nossa própria essência, a negar a nós mesmas, pois nosso cabelo faz parte da gente. Hoje as coisas já mudaram pra melhor (embora ainda exista muito preconceito), por exemplo: hoje em dia existem diversos produtos pra cabelos crespos e cacheados, produtos novos com componentes novos. Hoje não existe apenas "Produto para cabelos cacheados", existe produtos para cachos comportados, cachos volumosos, existem produtos com óleos e ceras adicionados para tratar os cachos, reparador de pontas pra pessoas com cabelos cacheados, dicas de como se deve secar os cachos, de como de deve finalizar os cachos, dicas de penteados para cabelos cacheados... enfim, hoje os cachos estão sendo valorizados! Existem diversas YouTubers só falando de cabelos cacheados. Digo isso porque reassumi meus cachos e estou muito feliz. Não estou dizendo que todo mundo que faz progressiva é porque quer se encaixar no padrão de beleza que sempre nos foi imposto, mas que o padrão de beleza tem importância, isso tem.

Outro dia eu fui comprar comida aqui numa senhora que vende pratinho de comida na minha rua e uma das pessoas que estavam lá estava comentando de que havia ido pra Gramado e que lá (em Gramado) não existe gente feia como no Nordeste, só existe gente magra, loira e com os olhos claros. Existe coisa mais triste de se escutar? Primeiro que esse padrão de que gente bonita são os brancos, loiros e de olhos azuis foi coisa imposta pelos europeus e que nós - infelizmente - assimilamos. Quer dizer que então o sangue que corre nas minhas veias, sangue indígena, sangue negro tem menos valor que o sangue dos brancos? Só vou ser uma mulher bonita se eu alisar meu cabelo, descolorir pra ficar loiro e colocar lentes azuis? Triste de quem desvaloriza suas próprias origens, de quem desvaloriza a si mesmo. Eu não acho que nenhum povo seja feio ou mais bonito que os outros, mas eu acredito que as belezas existentes nesse mundo são, simplesmente, diferentes. São variações de um espectro de beleza, mas nenhuma melhor ou pior que a outra. Mas, infelizmente, poucas pessoas pensam assim. Muita gente ainda julga pela aparência: coloque uma branca loira dos olhos azuis e um negra dos olhos castanhos e cabelos crespos em uma mesma loja: o tratamento é diferente, amigos, infelizmente.

O feminismo está com tudo, mas confesso que essa parte do corpo é uma parte super delicada e ainda muito difícil de lidar para nós mulheres, pois é algo que colocam na nossa cabeça desde que éramos crianças pequenas. Quando vamos vencer essa batalha?

terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Não seja mais um chato


O Carnaval chegou (na realidade já acabou, praticamente). Vi muitas pessoas nas minhas redes sociais dizendo: "Ahh, a crise termina hoje (sexta, quando vi) e volta na quinta", "ahhh o povo vive dizendo que não tem dinheiro e no carnaval todo mundo viaja" etc etc etc

Muita gente reclama que carnaval só tem gente bêbada, querendo pegar os outros e dançando músicas chatas. Na minha opinião, no Carnaval tem todo tipo de gente e é uma forma de muita gente se desligar um pouco da realidade. Sim, a realidade do nosso país é cruel, precisamos, algumas vezes, fugir da realidade pra lidar com tudo isso. Não estou dizendo que por causa disso devemos sair por aí bebendo todas, transando com todo mundo sem camisinha, fumando maconha, etc... Não, estou dizendo apenas que se divertir (com moderação) faz bem. É bem legal montar sua fantasia, sua maquiagem e sair com os amigos pra relaxar, se divertir, dançar e beber alguma coisa. E o melhor: se banhar no glitter! ^^

No lugar de você ficar no facebook criticando quem gosta de cair na folia, por que você não faz alguma coisa que gosta? O carnaval não vai deixar de acontecer porque você não gosta, você só tá sendo chato. E isso é algo recorrente no facebook, as pessoas reclamam de tudo, as pessoas estão ficando muito chatas. Mas as reclamações que eu falo são em relação a coisas como carnaval, roupas, comidas, etc. (Porque reclamar de feminismo, homofobia, racismo já é outra história, é coisa séria! Feminismo é coisa séria, racismo é coisa séria e homofobia é coisa séria!).

Eu, por exemplo, que sempre reclamava de carnaval, passei a achar legal porque me permiti experimentar. Fui pros pré-carnavais aqui de Fortaleza, conheci uma banda muito show chamada Os Alfazemas e todo final de semana marcava presença. E foi muito bom. Isso tudo porque decidi me permitir. Eu que antigamente achava que, por gostar de rock só podia escutar rock (besteira de adolescente) hoje tento escutar de tudo antes de dizer que não gosto de algo. Continuo amando rock, mas também gosto de música popular, brega, etc.

Então o que eu tenho a dizer - minha opinião, claro - é:

1. Se você não gosta de carnaval mas nunca experimentou vivenciar o carnaval: experimenta primeiro, você pode achar legal assim como eu achei. Mas também pode não achar legal e não curtir, claro.

2. Se você não gosta de carnaval e já caiu na folia mas não gostou: não precisa ficar reclamando no facebook porque você só vai ser chato.

Tenho a impressão que hoje em dia muita gente se priva de várias experiências pra bancar o cult-chato no facebook.

Já li coisas do tipo: "Ah você faz Medicina, não pode ficar saindo, tem que estudar". As pessoas se esquecem de que existe a saúde mental. Eu estou no 4º ano da faculdade de Medicina, nunca fiquei de final e me permito ter o meu momento pra relaxar. Não existe ser humano saudável nesse mundo que só viva para a faculdade/trabalho. Ser humano precisa de faculdade e trabalho sim, mas também precisa de Deus (para os que acreditam), família, amigos, amor, dinheiro, viagens, sexo, etc. A nossa vida merece ser vivida.

Imagina só: você com 70 anos de idade e sempre reclamou do carnaval mas nunca se permitiu aproveitar o momento... Não digo nem apenas só o carnaval, mas a vida mesmo. A gente precisa fazer besteiras pra rir delas no futuro, a gente precisa fazer novas histórias pra lembrar com os amigos e reviver aquele momento no pensamento (recordar é viver!). 

Eu - nesses meus 23 anos de vida - posso dizer que ainda tenho muita coisa pra viver (espero) e ainda quero fazer muita (MUITA) história pra contar sendo carnaval ou não. Quero viver e aproveitar tudo o que essa vida pode me oferecer! Vamos viver, amigos! :)


Eu não gosto de cerveja, mas essa Skol Beats Secret é boa (foi assim que comecei o post)

sábado, 18 de fevereiro de 2017

3:50 AM

Silêncio. Acordar de madrugada sempre tem aquele ar de mistério, de que você deveria estar dormindo (porque mais tarde você vai sentir falta dessas horas não dormidas). Também me lembra dos tempos em que minha tão amada avó era viva e em que acordávamos de madrugada pra viajar pra casa dela, os carros da família viajando pelas estradas do interior desse estado tão cheio de diferentes paisagens... A madrugada também me lembra o medo, o medo que eu senti quando bandidos entraram na casa ao lado e que deu pra escutar tudo (e que a polícia demorou)... A madrugada me lembra de quando eu ia dormir cedo e acordava de madrugada pra estudar pra faculdade (bobinha, você, Mariana). Também me lembra o medo de acordar 3h00 por causa do filme da Emily Rose (é assim?) e outros filmes de terror (nunca se sabe se é verdade ou não né? Acho que prefiro não descobrir).

Enfim, acordei 3h50 da manhã e não consegui dormir mais. Não, isso não costuma acontecer comigo. Na realidade, isso NÃO acontece comigo. Não sei bem o motivo de isso ter acontecido mas espero descobrir em breve (sou aquele tipo de pessoas que odeia lacunas em branco e sempre quer respostas pra tudo, talvez seja por isso que eu despertei em mim uma vontade de estudar a morte nos últimos meses - e pense num estudo massa, sério!).

Como uma boa taurina, não gosto de mudanças bruscas e sempre prefiro o que eu já estou acostumada. Isso é bom, pois nós de Touro podemos garantir estabilidade a quem esteja interessado na gente, mas, por outro lado, essa estabilidade pode se tornar um comodismo e você apenas viver desse jeito porque não quer mudar.

Já estou quebrando um pouco disso.

Quem me conhece sabe o quanto eu detesto (ou detestava) o carnaval. Nesse ano que mal começou, me permiti a ir pra pré-carnavais (mas sem ser aqueles forrós chatos que só têm batidas chatas, caras malhados com carrões, meninas malhadas que só comem frango e batata - isso pra ambos - etc etc etc). Fui pra uns em que foi realmente muito legal, comprei até uns acessórios... e amei! Além disso, quem me conhece sabe que eu sempre falava que açaí tinha gosto de terra e agora eu gosto. Não tenho vergonha nenhuma de dizer que não gostava e agora gosto, pelo contrário, acho uma graça essa minha graça de não gostar e passar a gostar e de gostar e de passar a não gostar.

Agora já são 5h29 e já tá amanhecendo aqui: como eu amo  o amanhecer! Sério! Eu AMO. Me dá uma sensação muito boa de recomeço, de uma nova oportunidade, de que eu tenho - literalmente - todo o dia pela frente e eu gosto disso. Nos últimos meses eu refleti muito. Acho que a gente vai ficando velho - tô com 23 - e vai assimilando mais as coisas e crendo mais na nossa finitude. Eu passei a tentar aproveitar mais as coisas ao meu redor, as coisas mais simples. Sou uma viciada em WhatsApp, Facebook e Instagram (Meu Deus, pra quê inventaram esse Snapgram?!), admito isso, mas também admito que estou conseguindo me desvencilhar um pouco.

Sabe você ficar sentada(o) na areia da praia de Canoa Quebrada e ficar ali, no final da tarde, de boas, só curtindo aquela vista maravilhosa?! Pois é, cara, como eu AMO isso. Embora aqui nesse país tenha muita violência, eu nasci no país e no estado certo: COMO EU AMO A PRAIA! (ainda não sei como comecei falando de madrugada e vim parar no assunto praia - na realidade eu sei porque é só ler o texto de novo, mas... enfim).

Hoje é sábado! Hoje tem pré-carnaval! Hoje tem  meus amigos! Hoje tem minha família! Hoje tem VIDA, amigos, vamos viver! :)