segunda-feira, 10 de março de 2014

Sobre pré-adolescentes e a vacina contra o HPV.

Ainda que seja a passos vagarosos, o SUS, de vez em quando, adota boas medidas relacionadas à saúde pública. Uma delas, por exemplo, é a disponibilização, a partir dessa segunda-feira, dia 10, da vacina contra o vírus HPV para a população, ou melhor, parte da população. Em alguns países da Europa, essa medida já havia sido adotada.

O papilomavírus é responsável por causar câncer de colo uterino em mulheres. A vacina que será disponibilizada pela rede pública protege contra UM dos tipos desse vírus, o que já é algo muito bom. É algo muito bom porque essa imunização só era possibilitada pela rede particular e a maioria da população brasileira não tinha nem teria condições de pagar por uma dessas vacinas.

Mas... qual o motivo de eu ter colocado "pré-adolescentes" no título do post? O motivo é simples: durante esse ano, a vacina será disponibilizada para meninas de 11 a 13 anos e, em 2016, ficará restrita para meninas de 9 anos. A razão para tudo isso é que o Governo pretende vacinar meninas que não tenham vida sexual ativa. A pouca idade para a vacina nos diz algo: as jovens (crianças?) estão iniciando a vida sexual mais cedo. Não adianta vacinar uma menina que já teve contato com o vírus, não haverá precenção e sim gastos governamentais desnecessários; além da perda de material que poderia ser utilizado em outra menina.

Os meninos não são vacinados por um motivo: os efeitos do HPV no organismo masculino não são tão devastadores quanto no feminino (mas ele continua sendo um potencial transmissor do vírus caso seja infectado). As mulheres são as maiores vítimas, vacinando-as, ela não passará o vírus ao parceiro, que não transmitirá o vírus caso se relacione com outra pessoa.

A transmissão se dá por meio de relações sexuais e também pelo compartilhamento de toalhas e peças íntimas. 

Você, mulher, não esqueça de ir à(ao) ginecologista regularmente. É muito importante a realização do Papanicolau anualmente, já que ele detecta as alterações iniciais causadas pelo vírus. 

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