terça-feira, 6 de novembro de 2012

Rio+20 e outras conferências mundiais.... deram certo?

Diante de um quadro ambiental tão preocupante em escala mundial, seria importante que as potências mundiais em conjunto com os outros países se reunissem para amenizar ou tentar solucionar os atuais problemas através das conferências ambientais. O real impacto dessas reuniões, entretanto, é questionável, visto que elas não são uma novidade, já que foram iniciadas na segunda metade do século passado, e que ainda não apresentaram o resultado esperado.

No semestre passado, no Brasil, a Rio+20 não aconteceu conforme o que todos pensavam. Não se estabeleceu um fundo de garantia aos países pobres por parte das nações ricas para que eles possam aderir à economia verde. Além disso, não foram estabelecidas metas específicas para a redução da emissão de gases estufa. Será mesmo, que as nações participantes da conferência realmente estavam com intenções verdadeiras quanto à situação do planeta?

Percebe-se que o fracasso parcial da Rio+20 não é inédito. Certas conferências mais antigas, como a que ocorreu em Estocolmo e a Eco-92,  também não proporcionaram resultados satisfatórios. O motivo é simples: as nações desenvolvidas não querem abdicar de seus progressos socioeconômicos baseados na utilização de combustíveis fósseis, visto que a matriz energética mundial é monopolizada pela energia de origem fóssil, e que as potências emergentes não querem estagnar o seu crescimento.

O preço que se paga por essa valorização da economia (não verde) em detrimento do meio ambiente é alto e sofrido por todos, sejam eles culpados por essas ações antrópicas devastadoras ou não. A nação que mais sofre é a África, principalmente a Subsaariana, já que a população pobre não possui governos com condições econômicas favoráveis para adotar medidas de combate ao aquecimento global e suas consequências. Os países pobres dessa parte da África não possuem recursos suficientes para adotar políticas públicas que desenvolvam formas renováveis de energia, por exemplo.

Além disso, houve, também, a não ratificação dos EUA em relação ao Protocolo de Kyoto, que deveria ser analisado criteriosamente esse ano, mas foi adiado. Além disso, mesmo com a ocorrência da Rio+20, o Brasil presenciou a aprovação do novo Código Florestal que favoreceu a bancada ruralista em diversos pontos, ainda que tenham sido retificadas algumas partes.

Percebe-se, dessa forma, que, para mudar essa situação, é necessário que os países realmente queiram mudar o atual quadro ambiental, para assim, viabilizar a prática do desenvolvimento sustentável, garantindo assim, a conservação dos recursos naturais, a melhoria da natureza e a garantia de condições adequadas de vida às gerações futuras.

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