terça-feira, 20 de novembro de 2012

O lixo no Brasil.

O Brasil cresceu consideravelmente na área econômica durante os últimos anos. Esse progresso, entretanto, é responsável por alguns problemas, visto que ele, na maioria das vezes, não está vinculado aos princípios da economia verde. O lixo gerado no país pelas indústrias e pela própria população, por exemplo, é depositado em lugares inapropriados, causando, assim, prejuízos para o meio ambiente.

Nota-se que a quantidade de lixo produzido no país é grande. A falta de investimentos nesse setor, porém, estimula, direta ou indiretamente, o aumento da quantidade de lixões, visto que os processos de controle, tratamento e destino correto em relação a esses resíduos são caros. Diante disso, o lixo produzido no território brasileiro é, na maior parte dos casos, jogado em lugares inadequados, como os lixões, citados anteriormente. Essa ação pode gerar graves dano à natureza e, consequentemente, ao homem, pois esses resíduos podem ser tóxicos, contaminar lençóis freáticos, proliferar vetores de doenças.

Acrescenta-se, ainda, que há a questão dos lixões desativados. Esses locais, muitas vezes, são ocupados por pessoas que não possuem condições financeiras para conseguir uma moradia melhor e que não estão conscientes dos perigos que esses ambientes oferecem. A decomposição do lixo gera metano, que é responsável por explosões, logo, essas pessoas podem sofrer acidentes em decorrência da produção desse gás.

Há, também, o problema do lixo nuclear. Esse tipo de resíduo, não só no Brasil, mas em todo o mundo, ainda não recebeu um destino adequadamente seguro. O material radioativo desse material descartado é prejudicial à natureza e à espécie humana, que não possui conhecimentos científicos suficientes para controlar as reações nucleares que determinam o funcionamento dos átomos desse lixo.

É importante, também, ressaltar a falta de estímulos ao desenvolvimento de aterros sanitários. Esses sistemas de deposição de lixo, em relação aos lixões, são mais vantajosos para o homem e para o meio ambiente. Acontece, porém, que, no Brasil, os aterros não funcionam da maneira que deveriam. Muitos deles não têm o chorume resultante da decomposição do lixo coletado nem o metano também resultante da ação dos agentes decompositores canalizado, que poderia ser uma fonte de energia.

Percebe-se, também, que os estímulos relacionados à população quanto ao destino do lixo não estão apresentando resultados muito positivos. A coleta seletiva em escolas e em outros ambientes, públicos ou privados, ainda é tímida e representa uma minoria diante da coleta não seletiva.

Nos hospitais, a questão também é séria, visto que quando o lixo hospitalar não recebe o destino correto, a incineração, ele pode contribuir para a proliferação de doenças em decorrência, por exemplo, de seringas contaminadas em lixões.

Além disso, a sociedade atual, marcada pelo consumismo, consome um grande número de produtos e gera uma quantidade também enorme de resíduos. Diante desse quadro consumista do sistema capitalista, nota-se que reduzir e reutilizar materiais não são ações valorizadas pela maioria das pessoas e que a adaptação da economia verde ao modelo de produção econômica do país existe de forma fraca, pois tem o seu avanço impedido pelas grandes organizações comerciais do país, que não querem mudar ou diminuir seus investimentos.

A questão do lixo no Brasil é séria e precisa ser resolvida para o bem do meio ambiente e, em consequência, da própria humanidade. É necessário que o Estado reformule os processos relacionados ao tratamento e destino do lixo no país para que os problemas causados por ele sejam solucionados. Além disso, a população também deve colaborar fazendo o seu papel de cidadã: jogando os resíduos no local adequado e averiguando se eles estão sendo depositados no local correto.

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