segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Sexo.


O sexo ainda é um tabu. Tá longe de deixar de ser um. Hoje o tema é bem mais dialogado, mas ainda é polêmico e, consequentemente, possui diferentes versões para cada pessoa.


Muitos jovens ainda não possuem a capacidade de conversar abertamente sobre sexo com sua família. Alguns nem se quer conversam. Seja por vergonha ou mesmo medo, essas coisas acontecem e podem interferir negativamente tanto na vida do jovem como na da família, afinal, o sexo é algo natural do ser humano. O problema, na minha opinião, é que ele é vulgarizado. Um diálogo familiar bem estruturado é capaz de evitar acontecimentos como uma gravidez precoce e/ou indesejada. Ele é fundamental para estabelecer uma educação sexual eficaz. A questão é que, o assunto "sexo", no ambiente familiar, é novo; isso não existia há alguns anos, era proibido.

Ressalta-se, também, que a vulgarização do sexo que podemos acompanhar pelos meios midiáticos também é um problema. A insinuação de que a relação sexual é algo tão comum quanto trocar de roupa, e geralmente, uma ação associada a bebidas, drogas e prostituição, cria uma certa banalização do sexo. As pessoas já não querem conhecer seus parceiros, são movidas por ações que têm como o objetivo estabelecer uma boa "reputação sexual".

Somando-se o precário diálogo familiar com a vulgarização citada acima, muitos jovens têm dificuldades para iniciar sua vida sexual e até mesmo para manter uma vida sexual saudável. Podemos constatar esses fatos no grande número de adolescentes grávidas precocemente e na grande quantidade de jovens que contraíram DSTs por causa de relações sexuais desprotegidas, por exemplo.

Além disso, na minha humilde opinião, os problemas relacionados ao sexo não podem ser fundamentados em questões como as informações proporcionadas pela educação sexual, e sim à forma como elas são aplicadas na sociedade. Não há uma conciliação entre educação sexual, família e sociedade. Há a informação, mas não a ação da família nem da sociedade de forma que favoreça e ajude o jovem nesse âmbito. A situação da banalização do sexo no nosso pais é tão grave, que até mesmo crianças estão no ramo da prostituição.

Uma das medidas mais atuais do governo em relação a esse tema foi a adoção da vacina contra o HPV para crianças/pré-adolescentes. Por que não há a vacina para jovens e adultas jovens na rede pública? Porque as mulheres estão iniciando a vida sexual cada vez mais cedo, e, provavelmente, já teriam tido contato com o papilomavírus depois dos 12 anos de idade. 


Fora tudo isso, ainda existe a questão religiosa. A Igreja Católica não apoia o uso de preservativos nem a prática de relações sexuais antes do casamento. Tudo isso influi no pensamento de muitos jovens. No final das contas, existem muitas opiniões a considerar, o que gera uma certa confusão a respeito do tema.

Há algum tempo, existiam as denominadas "pulseirinhas do sexo". Caso você arrebentasse a pulseira de alguma cor de alguém, você teria que realizar alguma atividade de cunho sexual (não necessariamente sexo) com aquela pessoa. Quais ensinamentos estão sendo passados aos jovens? Claro que cada um cuida da sua vida, mas é preciso responsabilidade. Muitos jovens não sabem lidar com a sexualidade e se frustram.

Outros parecem não ter conhecimento da seriedade que exigem as relações sexuais e acabam expostos em redes sociais na internet por meio de vídeos. Ficam traumatizados e ainda são ridicularizados pela sociedade. Passam a depender de tratamento psicológico para voltar a viver emocionalmente bem.

De quem é a culpa de tudo isso? Não existe um único culpado, há uma soma de fatores responsável pelo atual problema. É preciso que o Governo, a sociedade, as famílias e até mesmo a Igreja, entrem em um acordo que consiga pelo menos amenizar a atual situação.

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